quinta-feira, 22 de abril de 2021

leitura da alma


 _ "Toda a manhã procurei uma sílaba
É pouca coisa  , é certo ; uma vogal, uma consoante, quase nada
Mas, faz-me falta. Só eu sei a falta que me faz.
Por isso a procurava com obstinação.
Só ela podia me defender do frio de janeiro, da estiagem do verão.
 Uma sílaba.
A salvação."

Eugênio de Andrade
simplesmentelis , outro blog 

11 comentários:

  1. " são como um cristal, as palavras " - também diz .
    E ele procura uma sílaba.
    Sempre encantador e cuidadoso tudo o que publicas, querida Lis
    Beijinho, querida amiga

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  2. Grande verdade. Basta uma só sílaba e pode ser a salvação; "Vem", por exemplo!

    As coisas que se pensam enquanto tomamos uma boa caneca de café pela manhã... :)

    Beijos, querida Lis!

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  3. Não se sabe como as portas trancadas, os sonhos perdidos, e a sílaba muda em uma velha gaveta, sempre em dúvida... até sobrar o ruído do meu pássaro na borda da caneca!
    Abraços Lis!

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  4. Um belo poema de Eugénio de Andrade.
    Gosto da foto.
    Abraço, saúde e bom fim de semana

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  5. Boa tarde de serenidade, querida Lis!
    Só eu sei a falta que me faz ...
    Que seu final de semana seja abençoado!
    Beijinhos carinhosos e fraternos

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  6. Gostei do seu blog, já estou seguindo.
    Eu gostaria que você visitasse meu blog.

    https://naturezadepoeta.blogspot.com/

    Aguardo sua visita.
    Um abraço

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  7. Eugenio é um monstro na poesia da falta.
    Bela escolha Lis.
    Uma caneca de café no meio da falta aconchega, mas não resolve.
    Bom sábado.
    Bjs.

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  8. Inspiradoras leituras, por aqui, Lis! Parabéns, pelas suas magnificas conjugações de imagens e palavras... como está acima mais um bom exemplo!...
    Beijinhos
    Ana

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