sábado, 27 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
exercendo instantes
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
turbulência no mar
inspirado nos bebedores exagerados que apelidaram de ressaca aquele mal-estar típico após uma bebedeira total.
A palavra deriva do espanhol resaca, cujo sentido original quer dizer , refluxo das ondas do oceano.
No Brasil e em Portugal, o termo ganhou um significado metafórico, pois quem bebe demais também passa por muita turbulência na manhã seguinte.
Desculpem tanta foto do mar , é o que meus olhos estão impregnados dessa majestade toda.
O poema da amiga Yasmine Lemos também traduz bem porque nao me calo rs .
Obrigada Yasmine.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
inverno tropical
Composição: Adriana Calcanhoto/Antonio Cícero
"No dia em que fui mais feliz
Eu vi um avião
Se espelhar no seu olhar até sumir
De lá pra cá não sei
Caminho ao longo do canal
Faço longas cartas pra ninguém
E o inverno no Leblon é quase glacial
Há algo que jamais se esclareceu
Onde foi exatamente que larguei
Naquele dia mesmo
O leão que sempre cavalguei
Sempre me quis só
No deserto sem saudade, sem remorso só
Sem amarras, barco embriagado ao mar
Não sei o que em mim
Só quer me lembrar
Que um dia o céu reuniu-se à terra um instante por nós dois
Pouco antes de o ocidente se assombrar "
( As idas ao dentista em Copacabana tem rendido boas fotos do mar, na travessia .
Hoje particularmente, a queda de temperatura foi de quase 20°c e ventos fortes
pintou ceu e mar de cinza -azulado. Ficou lindo. E fez a festa dos surfistas, com ondas altas.
Tem sido assim, derepente ,saimos de um dia quente pra outro gelado.
Trouxe fotos pra voces, tomara que apreciem ,um dia típico de inverno tropical.
E a música e letra da Calcanhoto que é a cara desse dia nem tanto assim - glacial rs -
mas dá "pra se espelhar nesse olhar".
beijinhos
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
beleza do mar
domingo, 21 de agosto de 2011
Aos domingos
'Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de salgar?
para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.
para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.
não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador,
e ilumina a todos que estão na casa. "
Mateus 5.13 a 15
sábado, 20 de agosto de 2011
meu bem
"O ledo passarinho
que gorjeia
Da alma exprimindo a cândida ternura
O rio transparente, que murmura,
E por entre pedrinhas serpenteia:
O sol,
que o céu diáfano passeia;
A lua, que lhe deve a formosura,
O sorriso da aurora alegre e pura.
A rosa, que entre os zéfiros ondeia;
A serena, amorosa primavera,
O doce autor das glórias que consigo,
A deusa das paixões, e de Citera:
Quanto digo, meu bem, quanto não digo
"Nada se pode comparar contigo "
Bocage
que gorjeia
Da alma exprimindo a cândida ternura
O rio transparente, que murmura,
E por entre pedrinhas serpenteia:
O sol,
que o céu diáfano passeia;
A lua, que lhe deve a formosura,
O sorriso da aurora alegre e pura.
A rosa, que entre os zéfiros ondeia;
A serena, amorosa primavera,
O doce autor das glórias que consigo,
A deusa das paixões, e de Citera:
Quanto digo, meu bem, quanto não digo
"Nada se pode comparar contigo "
Bocage
Imagem,pixdausnature
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
... uma árvore
"Eu não sou só uma árvore,
sou também a cadeira onde descansas,
a cama onde adormeces,
a moldura onde te revês,
o lápis com que aconteces.
sou também a cadeira onde descansas,
a cama onde adormeces,
a moldura onde te revês,
o lápis com que aconteces.
Sou tão viva como tu, choro seiva e grito de dor.
E tu – sim tu – que és humano
Fecha os olhos e toca-me, sente-me.
Não sou gente, é certo – mas tenho alma.
E a alma das árvores é a alma da terra,
a alma dos mares e dos céus que desconheces,
Somos as vozes que existem mas que não escutas,
Somos o chão que pisas e desdenhas.
Eu não sou só uma árvore, sabias?"
E tu – sim tu – que és humano
Fecha os olhos e toca-me, sente-me.
Não sou gente, é certo – mas tenho alma.
E a alma das árvores é a alma da terra,
a alma dos mares e dos céus que desconheces,
Somos as vozes que existem mas que não escutas,
Somos o chão que pisas e desdenhas.
Eu não sou só uma árvore, sabias?"
Rolando Palma
(... pelos jardins da cidade- árvores e a lembrança do amigo .)
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
som do coração
"Divago,
quando o que quero é só dizer
te amo.
Teço as curvas, as mistas e as quebradas,
industriosa como abelha,
alegrinha como florinha amarela,
desejando as finuras,
violoncelo, violino, menestrel
e fazendo o que sei,
o ouvido no teu peito pra escutar o que bate...
Pego tua mão,
me afasto,
viajo
pra ter saudade,
me calo,
falo em latim pra requintar meu gosto:
"Dize-me, ó amado da minha alma,
onde apascentas o teu gado,
onde repousas ao meio-dia
para que eu não ande vagueando ... "
quando o que quero é só dizer
te amo.
Teço as curvas, as mistas e as quebradas,
industriosa como abelha,
alegrinha como florinha amarela,
desejando as finuras,
violoncelo, violino, menestrel
e fazendo o que sei,
o ouvido no teu peito pra escutar o que bate...
Pego tua mão,
me afasto,
viajo
pra ter saudade,
me calo,
falo em latim pra requintar meu gosto:
"Dize-me, ó amado da minha alma,
onde apascentas o teu gado,
onde repousas ao meio-dia
para que eu não ande vagueando ... "
Adelia Prado
Imagem /pixdausnature
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
É noite
"Quis, de manhã, trazer-te as rosas que colhi;
Porém, tantas eu pus nas cintas que cingi
Que os apertados nós não puderam contê-las ,
rebentaram os nós.
As rosas que voaram
no vento para o mar, juntamente rumaram.
Depois, seguiram a água e não voltei a vê-las.
Tomando rubra cor, as vagas se inflamaram:
E as minhas roupas,
ah o quão se perfumaram !!
É noite,
sinta em mim,
o perfume delas."
Marceline Desbordes
Porém, tantas eu pus nas cintas que cingi
Que os apertados nós não puderam contê-las ,
rebentaram os nós.
As rosas que voaram
no vento para o mar, juntamente rumaram.
Depois, seguiram a água e não voltei a vê-las.
Tomando rubra cor, as vagas se inflamaram:
E as minhas roupas,
ah o quão se perfumaram !!
É noite,
sinta em mim,
o perfume delas."
Marceline Desbordes
terça-feira, 16 de agosto de 2011
doce néctar
Fotografia, Armindo -Terra Viva
"Borboleta multicor
tu me lembras, ao passar,
um bilhetinho de amor
dobrado em dois,
a voar.. "
J.G.de Araújo Jorge
"Borboleta multicor
tu me lembras, ao passar,
um bilhetinho de amor
dobrado em dois,
a voar.. "
J.G.de Araújo Jorge
( tem fotos lindas no blog do Armindo - a terra é viva e bela.
Um click e voce vê)
Um click e voce vê)
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
nas manhãs de segunda
"Não precisamos de muita coisa,
um pouco de sol , o horizonte,
a tarde escorrendo na cafetaria,
os nossos olhos lentos e as vidraças
subitamente acesas no esplendor das bátegas.
Patos selvagens erguendo-se da lagoa
quando sairmos
e ao vento frio oferecermos
quando sairmos
e ao vento frio oferecermos
a transparência dos lábios cercados
pela melancolia da manhã que se nos finda.
ardidas de saudade
e em surdina
e em surdina
uma canção .... "
Soledade Santos
( laguinho na Ilha do Frade, em Vitória-ES )
Soledade Santos
( laguinho na Ilha do Frade, em Vitória-ES )
domingo, 14 de agosto de 2011
Aos domingos
sábado, 13 de agosto de 2011
gosto gosto dela
" ... mínimo tigre de salão
sultão do céu ,das telhas eróticas
... reclamas quando passas
e pousas
os pés delicados no solo,
cheirando,
desconfiando de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato... "
Pablo Neruda
e pousas
os pés delicados no solo,
cheirando,
desconfiando de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato... "
Pablo Neruda
"Os que gostam de gatos são diferentes,
geralmente não são conformistas.
Como poderiam sê-lo, com um gato administrando sua vida?"
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
carícia
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
... dias assim
"Toda poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar."
Eugenio de Andrade
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar."
Eugenio de Andrade
Fotografias : paisagem urbana,da minha janela ,em dias de nevoeiro.
inverno/2011