Tenho por hábito ir ver o que se passava comigo no ano anterior .
Percebi que estive tentando escrever pequenos bilhetes poéticos.
Doce ilusão. Parei logo que percebi que escrevia mal e não ia
fazer frente aos poetas, meus amigos queridos e talentosos.
É também praxe repetir o que fiz no ano que passou :
_ Recomeçar ! / Cortar os medos com faca afiada / Nas sombras
plantar um Sol / Nas esperas / Sair da trilha / Seguir os mestres.
Imaginar ouvir poesias / Nas madrugadas / Aos pés da cama.
E agora deixo este , como sinal de teimosia :
Das cartas em redemoinho. Se errastes
Recomece ! sob o mesmo céu
de ontem . Não há mais lugar
Nos instantes que passastes
Não há nada além de uma quimera
não há depois.
Deixe que o sol bata na sua janela
Iluminando-a !
E viva se misturando
se dedicando se dividindo .
Sejamos felizes , amigos. E fico agradecida pela
companhia durante o ano.
Volto para vocês , em 2023./
(liscosta, 2022, dezembro)
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