As marés

"O tempo é uma fortaleza de papel.
Todos os passos se resolvem em caminhos esquecidos.
Todos os horizontes se erguem como livros guardados. ..
Tenho aqui as minhas noites e os meus dias, os anos e as estações, as latitudes e as longitudes...

Dou-me esta ilusão de uma manhã lúcida e depois parto pelos dias adentro,
interiormente, dissimuladamente como a maré de um sentimento.
Tenho na pele a nostalgia de um lugar perdido.
Navios, grandes navios adormecidos no seu azul ferido.

Ah! os nomes e as intenções que contêm!
(...)

gil t. sousa