"De que cor era o meu cinto de missangas, mãe
feito pelas tuas mãos
e fios do teu cabelo
cortado na lua cheia
guardado do cacimbo
no cesto trançado das coisas da avó
Onde está a panela do provérbio, mãe
a das três pernas
e asa partida
que me deste antes das chuvas grandes
no dia do noivado
De que cor era a minha voz, mãe
quando anunciava a manhã junto à cascata
e descia devagarinho pelos dias
Onde está o tempo prometido p'ra viver, mãe
se tudo se guarda e recolhe no tempo da espera
p'ra lá do cercado ."
Ana Paula Tavares
outro blog, simplesmentelis
Um relógio parado está certo duas vezes por dia....e o tempo não pára.
ResponderExcluirTudo de bom.
Que belo poema escolheu!! O tempo da espera cerceia. Linda foto, Lis! Bjs.
ResponderExcluirUma belíssima partilha!! :))
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"É preciso acreditar em bons ventos"
.
Beijo, e uma boa noite!
Poema magistral. Deliciei o meu ego a ler.
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Saudação amiga
Abraço
A última estrofe deixou-me pensativa!
ResponderExcluirVivemos de facto esta vida tão a correr que não nos sobra tempo para viver!
E não faltam campanários com sinos e relógios a lembrar-nos o tempo todo de que esse mesmo tempo não para e se está a esgotar, como areias por entre os dedos. A tua bela foto prova isso mesmo!
Beijinhos Amiga, para fazer com que a nossa presença na vida uma da outra nos faça enriquecer o tempo que nos é dado.
🙏💙
Uma boa e bela escolha!!! Bj
ResponderExcluirGostei da foto!
ResponderExcluirGostei bastante do poema desta autora que descobri há pouco tempo.
Tudo em sintonia.
bom fim de semana.
beijinhos
:)
Tudo aquilo que recordamos com saudade é o que nos fez arreigar sentimentos positivos.
ResponderExcluirEnorme abraço.
Juvenal Nunes