quinta-feira, 14 de agosto de 2025

/// sobre infância e rainhas :))

                       

Nessa cidadezinha do interior nascia uma menina
 que aos seis anos perdia sua mãe
 ( uma fatalidade a levou embora,)
Muito pouco contavam sobre ela. As histórias eram tristes, a menina
 muito pequena Cresceu e continuou sem entender.
 Se perguntava qualquer lembrança da mãe, todos mudavam o rumo da
 conversa e nunca tinham lembranças para contar.
As tentativas eram vãs, (motivo de vários atritos com o pai),e ela
 já adolescente demorou para perdoá-lo. Aos trancos e barrancos
 tentavam  viver o amor paternal e filial que havia se quebrado
 quando ela entendeu as razões de ocultar ,o que a deixou orfã de mãe.
Só quando já não havia mais tempo, aproximaram-se.
 Numa dessas conversas entre pai e filha contava uma historinha
 que até hoje emociona_ a mãe  queria dar o nome de uma rainha
 a  filha ,pediu para o pai ir ao Cartório registrar a menina como
 Elizabeth.
O pai distraído esqueceu e demorou para saber o nome, engasgou,
 titubeou  e falou alguma coisa que o escriturário
 registrou errado. Chegando em casa com a Certidão na mão, a mãe leu,
  não gostou nada. Mandou voltar diversas vezes ao cartório.
Ela insistiu. Não houve jeito.
 Ficou triste e  exigiu  que todos  a  chamassem de Lisabeth,
para lembrar um pouco o nome original. Com o tempo e
 na ausência da mãe os irmãos reduziram para Zete.
Não sei porquê também a menina não gostava do seu nome, 
(resquícios da mãe)
Para os mais íntimos e amigos ocasionais sempre foi a Lis.
Três  letras que  lembra muito mais a dona da sua vida . 
A  Rainha _ sua Mãe. 

( hoje busco viver a parte boa da vida que vai se fazendo do que faço.rs
O passado me deixou com algumas desorganizações emocionais, me
emociono com tudo e intensamente_ sufoco um pouco a quem amo). 
 Gosto de lembrar do meu pai com  gratidão, perdão e saudade.

( junho, 2025 )

17 comentários:

  1. Querida Lis, boa tarde de paz!
    Passaram-se muitos anos e pude fazer uma regressão, aí sim tive certezas que nunca tive ou melhor, que sempre tive de que não era bem como me diziam. O desamor era latente.
    Claro que fiz com profissional capacitado a Regressão.
    Rainhas fazem cada uma e Reis também...
    Sua história está muito bem contada, gosto muito de quem se mostra humano, sem fingir que é o que não é ou mesmo disfarçam certas situações para parecerem o que não são...
    Muito bem faz em escrever, é cura, catarse sugerida pelos psicólogos.
    O meu caso foi o contrário, o perdão eu tenho sempre que dar à rainha, ao meu rei é só amor mesmo.
    "O passado me deixou com algumas desorganizações emocionais, me
    emociono com tudo e intensamente".
    Você não sufoca as pessoas, elas que não estão acostumadas com muito amor, preferem dar pouco e receberem muito... são rasas para pessoas profundas, Amiga.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos fraternos

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  2. Es triste perder a una madre en tanta tierna edad. Su vida ha estado marcada por esa gran pérdida.
    Un abrazo.

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  3. Divinal texto emotivo,em que remexeste no baú das memórias.
    Beijinho e óptimo feriado, Lis com paz e saúde. 😘

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  4. Uma publicação corajosa. Apreciei.
    Um abraço.

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  5. Terapêutica. Estou certo de que você já sublimou sua história de vida.
    E hoje ensina a viver. Já reparou a sonoridade do teu nome?
    Já reparou como a sua história está bem esculpida?
    Espero que você durma bem depois desta sublimação.
    Um abraço,

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  6. Çomdo te ler e saber de tua história. Bom mesmo é perdoar o pai e vivere sempre do melhor modo, como fazes! beijos praianos, chica

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  7. Lis querida, essa história me emocionou bastante, sim, querida, entendi tudo,
    visualizei e senti a história... Se estivéssemos juntas, te abraçaria em silêncio,
    não precisaria de palavras, apenas deixar que os sentimentos se juntassem...
    Beijinho, querida, és linda por fora e por dentro, coração de ouro. 🌹🙏

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  8. Haja harmonia, que recordar é bom, até prós nossos botões, bem cá dentro ´,~`)))))
    Bom e belo fim de Semana Lis, e tudo de bom.

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  9. Gostei muito do que escreveste Lis...
    Acho que fiquei a conhecer-te muito melhor!...

    Um forte abraço querida amiga.

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  10. Que relato lindo e comovente! É incrível como você transforma memórias em uma narrativa cheia de afeto e significado.

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  11. Uma emocionante historia Lis. Meu nome também foi trocado entre São Geraldo e Santo Antonio, porque todos os dois tinha uma criança no colo, hoje eu seria Geraldinho, mas ficquei Toninho e todo mundo tem um Toninho na familiaa, vivi feliz e sou feliz assim.
    O perdão nos dá leveza para percorrer outros tantos tombos pela vida.
    Bjs e paz neste coração.

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  12. Olha só que história! E vou te dizer, acontecia muito. Minha esposa, por exemplo, o pai queria dar o nome da famosa cantora Ademilde Fonseca. Na hora, o pai também engasgou e registrou como "Adeildes". Bom, tu bem, nem ficou tão diferente e ela não tem problema com o nome, apesar de muita gente enrolar o nome dela.
    Tua história tem um lado triste mas vejo muito afeto também. E saudade. Quem não a tem?

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  13. A tua história chega fundo..

    Confusões desse tipo existem muitas.

    Só soube que minha tia Adília era afinal Adélia quando morreu. Tive uma professora de Francês assinando Auzenda em vez de Ausenda porque a funcionária escreveu o nome com erro.

    Querida Liz. abraço carinhoso, bom fim de semana.

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  14. Querida Lis
    Li com muita emoção o seu texto, amiga. Muitas vezes guardarmos no coração certos acontecimentos que só nos fazem mal. Ainda bem que já ultrapassou esse engano/esquecimento do seu pai.
    Beijinhos
    Olinda

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  15. Boa tarde Lis
    Fiquei emocionada com o texto, que diz tanto em poucas palavras.
    Desejo uma semana boa e com saúde.
    Um beijo
    :)

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