quinta-feira, 3 de julho de 2025

/// paisagem íntima


Escreva tuas histórias, teus poemas e
desautorize a distância.
Diga se devo avançar ou recuar.
 Contempla a paisagem.

Aqui  pássaros passeiam pelo chão, batem asas 
espalham pólens que por sua vez 
engravidam as paisagens
 colorindo-as.
 
Ainda dançaremos sob a chuva
Ou descobriremos uma outra linguagem.

(liscosta,2025 junho)

(Mosaico _ noite de chuva na linda Genève)

terça-feira, 1 de julho de 2025

/// além da física além da natureza


Quando não há inspiração, resta transpiração.
  Falta verve poética ou estado de espírito.
A criatividade pode estar na lente, no olhar. 
Tem que chacoalhar a memória em busca da
 palavra perfeita, que só os poetas possuem.
Ou quem sabe tentar metáforas.
  Palavras, podem ser escritas de várias maneiras.
 Ou apenas sussurradas. 

Minha fotografia Meu sussurro.

(abril, 2024, reeditado)

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(Fotografia _2024,na varanda  _ Les Carroz ,Ródano Alpes ,na França)

domingo, 29 de junho de 2025

// das cartas e confetes - Parte X


Quando vieres por cá, não te esqueças de me visitar.
Lembra de trazer o poema que fizeste falando de uma tia
com meu nome e por favor não esqueça da fotografia,
para ficar mais verídico. Te levo para sentar na praça e juntos,
despreocupados ,cumprir promessas e desejos, coisas simples, 
por exemplo, uma confeitaria. Ou melhor, podemos ir a uma
 'janela do vinho' fazer o pedido e degustar, onde preferir.
Se, por acaso chover pode me emprestar seu casaco
 de couro, aquele que guarda para ocasiões de
 impossível frio intenso. Posso também  dar ideias de
 lugares com nevascas e lindas paisagens como as da
   francesa  Annecy. 
Um passeio romântico, uma vieille ville com casarios
 em tons pastel e um rio sinuoso _ o Thiou . 
Assim ficaremos a divagar... sobre tudo um pouco, 
o sol, a chuva, os mormaços, assunto que mantínhamos quando
 não tinha assunto. Até vamos poder jurar que tudo
 era muito bom ,que não havia rusgas, nunca havia, era tudo beleza.

 Certamente, um encontro que um vai tentar esconder 
 a timidez , sua veia romântica _ que  torna suas cartas prolixas e
 excessiva nos confetes ,enquanto o outro vai demonstrar 
como se faz  poesia, sendo tão previdente_ tornando-o assim
enigmático, cativante, poético e cheio de charme.
Só um pouquinho ... temperamental. 

Te aguardo, amigo.

(liscosta) 
(dos meus rascunhos)

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(pedacinho de Annecy,  ,banhada pelo rio Thiou)

quinta-feira, 26 de junho de 2025

/// soneto clássico



"Num verso me quis dar, nos outros me fui dando 
Como se em verso amando eu mais pudesse amar
Ou como se cantar fosse ir-me , a mim , doando
Nunca sabendo quando insistir ... ou parar
Depois de a mim me achar, quiçá , frutificando
E em tudo me adequando a quanto ousei cantar
Talvez reflicta o mar , talvez vá naufragando
E vá o mar cantando os versos que eu calar  ...
Se pareço falar de  mim, tão só de mim,
Não vos direi que sim , nem vos direi que não
Porque essa embarcação transmuta-se em jardim

E eu , mero varandim para a tripulação
Que nela fez seu chão e nela viu seu fim,
Entendo ser assim que não se embarca em vão."

(Maria João Britto de Souza)

gentileza cedida do blog

segunda-feira, 23 de junho de 2025

// quando bate o desejo


Tudo emociona : 
Chuva miúda. Inconstante. Respingos na vidraça
Barulho das ondas  Quebrando na praia.
 Da varanda A dança das árvores.
Espontânea floração. Das flores.
 A família .Cuidadosa.
 Os amigos .Dádivas .Que não vejo. 

 Da aeronave. As nuvens. 
 Das livrarias. Os  livros. O Caderno.
  Viagens.  E Olhares.
Cheirinho. Dos Cafés. Prometido.
Em dupla
 
Sutis despedidas. Sussurros. Bilhetes.
Silêncio. Melancolia.

'Nenhuma palavra tem asa.'

( junho, 2025 liscosta)


(fotografia _ Café Royal Karoma, genève, maio,2025)

sábado, 21 de junho de 2025

// o tempo



"Há um melro que faz
 o ninho na minha memória .Ouço-o agora.
 Canta a flor das giestas
 e da cerejeira. Traz,
emoldurado no bico , os meus dezoito anos."

(Albano Martins)

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(na sala de aula, sou a primeirinha )

quinta-feira, 19 de junho de 2025

// quase uma confissão


Não sei porquê.
 Minha autoestima desabou.
Frequentemente ,sou tranquila. Nesses últimos dias ando cabisbaixa ,e
focada nas falhas, preocupada excessivamente com o curso da vida e 
principalmente, com o que escrevo .
Aquela sensação de abandono e as vezes rejeição.
Há pouco voltava de uma viagem perfeita.
 E , despojadamente, sem medo, quase me desnudando, ainda escrevia.
Hoje,  travada e indecisa.

Preciso recuperar essa autoestima e
colocá-la no alto onde estava . rs  _ continuar sendo feliz
 na certeza que ainda posso ser um pouco interessante, admirar e
  ser admirada. É isso que a autoestima faz.

Um pouco de realismo me fará bem. Não andar nas nuvens, (só 
nas aeronaves), de preferência na janelinha, observando de perto
 como elas se deslocam e formam castelos, se
  desmancham ,tal qual  brincadeiras de praia das
 minhas meninas que riam, vendo-os 
  ser levados pelas ondas.

Sei que o sentimento vai passar.
 Verdade que não termina quando o avião pousa.
   Sempre há algo que falta,
 só sei que não faltarão cores nas minhas paisagens.

(liscosta, 2025,junho) 

segunda-feira, 16 de junho de 2025

// mãos sôfregas


"O que o leão diz
torna-se inaudível. Do alaúde
em terra, saem,
disfarçadas,
algumas notas 
que valem como canção de embalo
_ou quem sabe ? _
como declaração de amor :
o contido leão que vela
o sono e o repouso
da cigana .Mas o amor
não dorme ou nunca repousa
Que sempre vela quem ama."
(Albano Martins)

(o gatinho da amiga _ meio alemão,meio leão,
no passeio matinal em Zurique,suisse,maio/2025)

sexta-feira, 13 de junho de 2025

/// De Genebra, meus pedacinhos


Já no meu 'habitat' , ainda não me despi de toda aquela paisagem e campos 
que floresce nos caminhos e cidades onde passei, daquele clima desigual,
meio londrino , ora um sol de outono, ora chuvas de março,
do som elegante e romântico da linguagem francesa,
 dos cafezinhos  que se alongam até mais tarde já anunciando o verão
 e principalmente das companhias amorosas, dia inteiro.
Pedacinhos de uma primavera que nos enlaça 
 para que as outras estações cheguem também floridas.

Devagarinho vou me vestindo  do inverno brasileiro com um clima solar
 exuberante e mais ameno ,do vento sul característico
 da minha terra, da linguagem portuguesa do Brasil  'brasileiro'
com sua construção gramatical única , dos hábitos cotidianos
 e  principalmente da minha felina que
 tristinha andava pela casa a miar de saudade e agora simula
um  descaso, querendo maltratar a sua dona.
Como todos os amores ressentidos, logo voltará a se aconchegar.

Deixo hoje uma passagem bíblica bem  apropriada aos nossos dias .
do livro de Romanos _  " Não vos conformeis com este mundo,
mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis a boa, agradável e perfeita companhia do Pai."

E ,assim seguimos ,nos respeitando, nos querendo bem,
partilhando dessa amizade que  enche nossos dias de vida.
 
 Abraço a todos os amigos muito queridos.

(liscosta, Em 2025,junho,13)

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terça-feira, 3 de junho de 2025

/// um não lugar e a hora de voltar


Vamos combinar então ?
na próxima Primavera  vamos a Tóquio conhecer o Palácio
 Imperial e todas aquelas estátuas famosas.
Aproveitamos para chegar até São Petersburgo
uma cidade portuária da Rússia que não é a melhor escolha ,
mas entrar no museu Hermitage e ver todo aquele acervo das 
 pinturas mais valiosas do mundo,vale arriscar.
 
E para quem já viu Paris e seus ícones ,mais um pulinho e
 passeamos nos jardins de Monet, em Giverny,
 ali bem ao lado,na Alta Normandia. 

Ou prefere ir colher mirtilos e ver a linda plantação de lavanda 
nos campos de Provence, as margens do Rhône
esse  imenso e lindo rio que nasce na Suiça e termina na França?
  
Na volta, claro ,fazemos uma paradinha no Porto ,na
 maravilhosa  Livraria Lello, visita indispensável e a mais
 romântica para nós ,os amantes da leitura.

E o roteiro termina em terras brasileiras ,numa varanda
onde nunca falta sol e os miados de uma felina.que faz
 do nosso dia, poesia.
    
      Quem  não precisa dessa utopia ?
:)) 

(liscosta, junho/2025) 

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(pequena amostra do Arco do Triunfo e Torre Eiffel, em Paris e o majestoso rio de Genebra)

sexta-feira, 30 de maio de 2025

/// fim de semana



É matemática. 
Milhões de apaixonados não podem estar errados.
Paris é a cidade do amor.

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(da janela-quartier de Bellevillle ,Paris,france)

quarta-feira, 28 de maio de 2025

/// das pequenas fagulhas


 Impulsionava-nos certa atração e nos entretínhamos decifrando uma caligrafia do  tempo, em cadernos e pautas ,até que outros dias,outros silêncios cravavam nossos entardeceres,chegava em nosso divã dos sonhos.

 Entre a atração e pequena fagulha,havia um inesperado perfume de flores e uma paisagem bucólica que inexplicavelmente, pacificava. 

Talvez ficasse por ali ,percorrendo os jardins
acompanhando a inquietaçâo dos dias seguintes
 das noites insones, aprisionada em seus olhos.

(liscosta,2025-genebra,maio)


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segunda-feira, 26 de maio de 2025

/// Um café no lago Zurique


Escrevo num lugar tranquilo ,no passeio do lago,onde com certeza, servem café. Contam por aqui que os franceses costumavam servir café com baguete e mergulhava esse pão na bebida. Quando pequenas também já usávamos esse recurso no nosso famoso _`café au lait.`_ e estranhamente no nosso pãozinho `francês` que aqui não existe. Agora , gostamos de usar os creminhos chantilly ou um pouco mais sofisticado com licor ,que  ajuda na digestão. Ou não.

E assim foi que o café se tornou o principal personagem numa confeitaria
 ou em qualquer lugar de convívio e das conversas prolongadas.
Um prazer poder desfrutar com as amigas,em mais num passeio de fim de semana,  nessa cidade bonita. Enquanto elas conversam, faço um rascunho.
E lembro que no Brasil,  também os cafezinhos são comuns.
O  Espírito Santo (minha morada atual), é um
 dos maiores produtores do café Conilon, proveniente
 das montanhas capixabas.  Não há café melhor ... 

Em qualquer estaçâo do ano um café cai bem, principalmente em Zurique
que em pleno outono mesmo a luz do sol, marca 9 graus.

Sorte demais sentir esse frio que não tenho no Brasil,
 fotografar e olhar e olhar 
olhar mais ...
para gravar na memória esse belíssimo lago.

 (liscosta, Zurique, suiça,2025,maio)

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sexta-feira, 23 de maio de 2025

/// dos olhos que não vejo


Havia uma impulsividade constante em que escrevia.
Achava tudo, superlativamente sublime.
  E se entretia com aqueles rabiscos endereçados a
olhos que não via. Estava sempre inclinada entre o sol da manhã
e o cair da noite. Uma geometria do silêncio, apesar dos ruídos, 
_esses audíveis. Estava sempre querendo contar sobre as cores
fascinantes e delicadas  das flores e dos seus perfumes
 que mandava pelo ar ,junto com os abraços.
Se pudesse ficaria sempre nesse sussurro primaveril
que por ora presenciava de bem longe, com
 os contrários divertidos das estações.Tudo isso era diferente de 
todos  poemas que  lia e não sabia compor.
E ia sempre naufragar em lençóis nas madrugadas frias,
se nenhum fogo ardesse em sua memória .
 Dizem os surrealistas inspirados em Rimbaud que era bom 
ela mudar de vida.

(liscosta, 2025,maio)

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quarta-feira, 21 de maio de 2025

/// sob tépida neblina



"O que poderia ter sido é uma abstração .Que permanece em 
pérpetua possibilidade. Nesse mundo de especulação.
O que poderia ter sido e o que foi.  Convergem para um só fim,
que é sempre presente    Ecoam passos na memória. Ao longo
das galerias que não percorremos.       Em direção a porta que 
jamais abrimos. Para o roseiral. Assim ecoam minhas palavras,
Em tuas lembranças.Mas com que fim perturbam elas a poeira
sobre uma taça de pétalas.Não sei.   Outros ecos. Se aninham 
no jardim. 
...  
O tempo passado e o tempo futuro , O que poderia
 ter sido e o que foi.
Convergem para um fim que é sempre presente."

(T.S,Eliot)



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segunda-feira, 19 de maio de 2025

/// dos sinais


"Tu dirás que estou a repetir .Algo que já disse antes.
Tornarei a dize-lo. Direi de novo? Para chegares aí.
Para chegares aonde estás

Para saíres de onde não estás 
Deves seguir por um caminho onde não há êxtase,

Para chegares ao que não sabes 
 Deves seguir para o caminho da insciência ,

Para possuires o que não possuis 
Deves seguir por um caminho do despojamento.

Para chegares ao que não és
Deves seguir por um caminho onde não estás.

E o que não sabes é a única coisa que sabes.
E o que possuis é o que não possuis.
E onde estás é onde não estás"

(T.S.Eliot)

quarta-feira, 14 de maio de 2025

// ... como vórtice


"Quando li que os românticos gostavam mais da noite que do dia , 
mais da imaginação que da realidade, mais da inspiração do que 
do cálculo, mais do sonho do que do cotidiano , e achavam que
a emoção era mais importante que a razão,  etc
percebi que eu era muito romântico.(a)"

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Fotografia / as camélias , Place des Alpes, genebra, abrl,2025)

sábado, 10 de maio de 2025

/// das cartas e confetes _Parte IX


Bem quisera te escrever com palavras sábias que mesmo
sendo as de sempre, nunca deixa de estremecer a um toque
dos meus dedos  e a muito longe dos teus.
Só para dizer que vou bem entre vinhedos e caminhos
 enviezados que chamamos de curvas.
Já estou a caminho da montanha  nos fins de semana,
entre subida, pedras e arvoredos
de um verde surpreendente . Amo muito e cada vez mais as
 minhas temporadas de forasteira na terra dos outros.
Fico na espera de um retorno teu já sabendo que pode vir
 como não vir, e mesmo que tarda é sempre bem vindo.
.Queria ter trazido aquele livro, mas a mala com peso maior
 do que prescrevia a carta de embarque e
 na bolsa de mão com a capa frágil, não quis arriscar. 
Tenho ali algo precioso que nao posso perder.
Epifania _ seria bom algo menos misterioso, divino,
como uma aparição qualquer.
  O tempo tem estado limpo e um sol pequeno que
 podemos sair com blusa leve de seda,
 sem precisar usar aqueles pesados casacos suiços.
O dia vai se tornando estranhamente longo
 e os sonhos teimam em querer enviar notícias amorosas.
Não importa não,
são só carícias e é só uma carta. 
(liscosta, maio,2025)

(Inspirado nas cartas de Drummond de Andrade)


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quarta-feira, 7 de maio de 2025

/// dos nossos cafés



O café é um lugar de encontro , de conspiração, 
de debate familiar, de flertes ocasionais,da flâneur ou
 do poeta com seu caderno. Uma xicara de café, uma taça de vinho,
proporcionam um lugar para trabalhar ,jogar conversa fora ou  simplesmente
 ficar aquecido se inverno ou refrescante se verão.

No Milão de Stendall, na Veneza de Casanova, em Paris de Baudelaire 
na Suiça de Cendrars, No Rio de Janeiro de Vinicius ,na Bahia de Jorge Amado
e de todos 
os amigos poetas  daqui da minha casa. 
 
  (pegando carona no café de George Steinner)



(Fotografia : para quem não conhece, estou de vermelho nesse café)
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segunda-feira, 5 de maio de 2025

/// as entrelinhas milagrosas


 "Escrever é o modo de quem tem a palavra como isca : a
palavra  pescando o que não é palavra.
Quando essa nâo palavra  _a entrelinha ,  morde a isca,
alguma coisa se escreveu."

(Clarice Lispector)

quinta-feira, 1 de maio de 2025

// receitas específicas


Os velhos são manhosos.

 
Demoram-se a apanhar a fruta, sabem
que sabem esticar o braço antigo até aos primeiros figos, que
 podem saber chegar ao fim da figueira.
Os velhos arrastam os pés em direção à saída,
esgotam-se ao sol seguinte.
Cortam-se por vezes no vidro de emergência .
Têm visões extraordinárias.
Receitas específicas para o barroco do poema
e do mel.
 
Escrevo para os velhos.
 
 (Filipa Leal)


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domingo, 27 de abril de 2025

// estudo de gaveta


Ela gostava de passar as tardes, naquele santuário com
 cheiro de livros. Sentir  a respiração do poeta.
Ouvir o toque das teclas daquele computador. 
Entender o mistério por detrás dos papéis que rabiscados eram
 jogados ao chão, sem nenhum cuidado.
 Andava por lá a procura de algum poema, quem sabe ?
 poderia  ter sido escrito, pensando nela.
E a curiosidade de como seriam costurados aqueles poemas,
 nos seus dias comuns.
 E, ali no meio de tantas palavras e sílabas soltas
acharia alguma com o jeito dela e
 pensava: 'essa parece comigo'.  Tamanha ingenuidade.
   O mundo dela era pequeno demais para aquelas escritas,
primorosas, sutis e poéticas ,
com tantos bocado de humor ,
muitos bons bocados de desejos e até algumas boas
 pitadas de ironia.  E  ficava ali a imaginar como seria
 caminhar com o poeta, lado a lado naqueles cenários,
entre livros e poesia. 
  
E descobriu que nunca saberia e tratou
 de não mais voltar lá.
 
(liscosta,2022,  janeiro )



A foto è atual, 
(sem o computador que travou no momento que cheguei em Genebra),
vou revisitando devaneios de `ontens`,,, rs