quarta-feira, 20 de agosto de 2025

//// saindo à francesa ...


"Tempo Tempo Tempo Tempo 
      És um senhor tão bonito  Quanto a cara do meu filho
  Vou te fazer um pedido  Compositor de destinos
 Tambor de todos os ritmos
 Entro num acordo contigo. Por seres tão inventivo 
E pareceres contínuo. 
És um dos deuses mais lindos 
  Peço-te o prazer legítimo
  E o movimento preciso Quando o tempo for propício 
    De modo que o meu espírito
 Ganhe um brilho definido E eu espalhe benefícios
   O que usaremos pra isso
     Fica guardado em sigilo   Apenas contigo e comigo 
E quando eu tiver saído  Para fora do teu círculo
Não serei nem terás sido    Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos Num outro nível de vínculo
Portando, te ofereço elogios Nas  rimas do meu estilo"
(Caetano Veloso ) 


  Saindo.
 Por um Tempo.
 Obrigada ,meus queridos.  Por tudo


_  No simplesmentelis ,sempre 
 que o ímpeto bater com força, deixo lá algumas
paisagensflores ,retratos ,o que estiver vivendo e vendo.
Fotografia _é o gato da casa suiça ,tão querido quanto a minha Pitty ).

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

/// o silêncio, na escuta



"Efêmero é o relâmpago, mas faz da noite uma aurora.
  Com a lâmpada das asas acesas ,a libélula ignora a noite.
O mocho traz nos olhos escondido, um sol. 
Dos músculos da árvore faz o pica-pau um templo.
Quando uma abelha se enamora, nasce uma flor."
(Albano Martins)

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( a minha orquídea)

sábado, 16 de agosto de 2025

//// É, Lígia, Lígia


"Eu nunca sonhei com você Nunca fui ao cinema 
 Não gosto de samba, não vou a Ipanema 
 Não gosto de chuva, nem gosto de sol 
 E quando eu lhe telefonei, desliguei, foi engano 
 O seu nome, não sei   Esqueci no piano
 as bobagens de amor que eu iria dizer, 
 Não, Lígia ,Lígia
 Eu nunca quis tê-la ao meu lado Num fim de semana
 Um chope gelado em Copacabana
 Andar pela praia até o Leblon
 E quando eu me apaixonei
 Não passou de ilusão, O seu nome eu rasguei
 Fiz um samba-canção das mentiras de amor 
Que aprendi com você. 
É , Lígia, Lígia 
( você se aproxima de mim 
com esses modos estranhos Eu digo que sim.
mas teus olhos castanhos me metem mais medo
que um raio de sol... )
E quando você me envolver Nos seus braços serenos,
 eu vou me render
 Mas teus olhos morenos me metem mais medo
 Que um raio de sol , 
Lígia, Lígia..." 

(Composição, Tom Jobim )

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(música reeditada, o que a gente gosta a gente repete)

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

/// sobre infância e rainhas :))

                       

Nessa cidadezinha do interior nascia uma menina
 que aos seis anos perdia sua mãe
 ( uma fatalidade a levou embora,)
Muito pouco contavam sobre ela. As histórias eram tristes, a menina
 muito pequena Cresceu e continuou sem entender.
 Se perguntava qualquer lembrança da mãe, todos mudavam o rumo da
 conversa e nunca tinham lembranças para contar.
As tentativas eram vãs, (motivo de vários atritos com o pai),e ela
 já adolescente demorou para perdoá-lo. Aos trancos e barrancos
 tentavam  viver o amor paternal e filial que havia se quebrado
 quando ela entendeu as razões de ocultar ,o que a deixou orfã de mãe.
Só quando já não havia mais tempo, aproximaram-se.
 Numa dessas conversas entre pai e filha contava uma historinha
 que até hoje emociona_ a mãe  queria dar o nome de uma rainha
 a  filha ,pediu para o pai ir ao Cartório registrar a menina como
 Elizabeth.
O pai distraído esqueceu e demorou para saber o nome, engasgou,
 titubeou  e falou alguma coisa que o escriturário
 registrou errado. Chegando em casa com a Certidão na mão, a mãe leu,
  não gostou nada. Mandou voltar diversas vezes ao cartório.
Ela insistiu. Não houve jeito.
 Ficou triste e  exigiu  que todos  a  chamassem de Lisabeth,
para lembrar um pouco o nome original. Com o tempo e
 na ausência da mãe os irmãos reduziram para Zete.
Não sei porquê também a menina não gostava do seu nome, 
(resquícios da mãe)
Para os mais íntimos e amigos ocasionais sempre foi a Lis.
Três  letras que  lembra muito mais a dona da sua vida . 
A  Rainha _ sua Mãe. 

( hoje busco viver a parte boa da vida que vai se fazendo do que faço.rs
O passado me deixou com algumas desorganizações emocionais, me
emociono com tudo e intensamente_ sufoco um pouco a quem amo). 
 Gosto de lembrar do meu pai com  gratidão, perdão e saudade.

( junho, 2025 )

sábado, 9 de agosto de 2025

/// sons de ensaio e taquicardia


Ensaia uma música milhões de vezes, o som não fica bom ,era só taquicardia...
E assim  'mergulha eu, mergulhas tu, na tontura dos nossos passos
equilibrando-se instável sob o fio da navalha.' Mas_ sei, sabes, sabemos
'as uvas talvez durem demais a amadurecer.' 
Não  se sabe quanto tempo dura nem  como  começa.
 O que era fictício ficou real.
 Acorda O dia amanhecendo. o sol nascendo, tudo absolutamente calmo. 
Olha a paisagem. não pensa, fotografa ,clica em enviar.,
sem nenhum  constrangimento, sem autorização ,sem medo, do nada.
Volta a taquicardia.

( devaneios, lendo Caio Fernando Abreu) 
(2025,agosto)

(fotografia_ Vitória,es  ,do décimo quinto andar)

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

/// ... outro sabor , o caramelo


As manhãs chegam sem pedir licença,
há escrita, há voz, há acenos 
mesmo que o ruído seja dissonante, 
mesmo que o tempo escape pelos cantos.
 
Importa a fantasia latente ,o toque da brisa,
o reflexo nas vidraças, a cor que insiste em
 não ceder ao inverno.

Importa a flor que floresce
o sabor da xícara posta na mesa 
um nome dito com cuidado, um olhar
 'sem olhar'  que pede calma ...

E quando a tarde declina, não há pressa
 em recolher os sentidos, O silencio não pesa,
ele repousa, fértil, entre as sílabas por vir.
   
Porque 'a sombra é apenas o lugar onde
 a luz descansa.'

( agosto,2025,liscosta)

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sábado, 2 de agosto de 2025

//// uma paixão



"Visita-me
enquanto não envelheço
toma estas palavras cheias de medo e surpreenda-me.
Tenho uma varanda ampla cheia de malvas e
o marulhar das noites povoadas de peixes voadores.
Vem ver-me
antes que a bruma contamine os alicerces as pedras
   nacaradas deste vulcão e a lava do desejos subindo à boca.
Perco-te no sono das marítimas paisagens.
Vem com teu sabor  
de açúcar queimado
em redor da noite,
sonhar perto do coração que não sabe como tocar-te."

(Al Berto)

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