"Os meus olhos são meus olhos
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos,
Não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores
De tudo o mesmo se diz
Onde uns vêem luto e dores
Uns outros descobrem cores
De mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente,
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros ,gnomos e fadas
Num halo resplandecente
Indo seguir vizinhos,
Querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos
Onde Sancho vê moinhos
D.Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos
Vê gigantes? São gigantes."
Lá está... uma forma de dizer que não vemos as coisas como elas se apresentam... mas antes vemos as coisas... como somos...
ResponderExcluirConfesso, que não conhecia este poema de Gedeão, que adorei descobrir por aqui... e a imagem... oferece-nos uma liberdade visual, com esse campo aberto... possibilitando... o que escolhemos ver!...
Uma vez mais, o casamento perfeito entre imagens e palavras, Lis!
Beijinhos
Ana
Excelente! Obrigada pela partilha. Amei
ResponderExcluirBeijinhos
Uma excelente escolha Lis.
ResponderExcluirAbraço
Querida Lis
ResponderExcluirAlém da bela foto, há um poema de autor português,Rómulo de Carvalho, mais conhecido por António Gedeâo. É alguém que muito admiro.Foi sempre um inconformado, mas um poeta de enorme valor. Obrigada por publicar autores portugueses.
Um beijinho
Beatriz
Os nossos olhos "voam" ;)
ResponderExcluirTudo de bom.
:)
;)
A magia do olhar que tudo pode e tudo faz.
ResponderExcluirGil dizia que há no olhar algo que encanta como viajar na estrela cadente.
O poema ilustra bem esta viagem do Gil.
A foto é de uma rara beleza Lis com sua lente e olhar sempre diferenciado.
Gosto de ver, há inspiração neste olhar.
Bjs