quinta-feira, 6 de setembro de 2018

rio abaixo

"Treme o rio, a rolar, de vaga e, vaga ...
Quase noite.A sabor do curso lento
Da água,que as margens em redor
alaga,
Seguimos. Curva os bambuais, o vento.

Vivo a pouco, de púrpura sangrento,
Desmaia agora o acaso.A noite apaga
A derradeira luz do firmamento ...
Rola o rio,a tremer de vaga em vaga.

Um silêncio tristíssimo por tudo
Se espalha.Mas a lua lentamente
Surge na fímbria do horizonte mudo :

E o seu reflexo pálido, embebido
Como um gládio de prata  na corrente,
Rasga o seio do rio adormecido."

Olavo Bilac
(as margens do Rio Sena, Paris)
outroblogsimplesmentelis

9 comentários:

  1. Umas margens bem inspiradoras!. .. E um poema muito interessante de se ler! bj

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  2. Parabéns pela escolha. Adorei :))

    Hoje Ecos do silêncio ...

    Bjos
    Votos de uma óptima Sexta - Feira

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  3. Excelente escolha de poema!! Amei!

    Beijos. Bom fim de semana!

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  4. Muito linda poesia.

    Arthur Claro
    http://www.arthur-claro.blogspot.com

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  5. Muitos homens sentem-se profundamente nostálgicos no Ocaso
    e Olavo Bilac confessa-nos que é um deles...
    Um soneto impecável, quer em construção, quer em expressão.
    Bom fim de semana.
    Abraço
    ~~~

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  6. Um bonito poema ilustrado de forma soberba.
    Um abraço e bom fim-de-semana

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  7. Lindissimo! Gostei muito.

    Bom domingo lis e um beijinho.

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  8. Belíssimo poema de Olavo Bilac. Obrigada por partilhar.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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