segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

// estamos frágeis ...


"No cesto das conquistas
coloco luz e ébano.
As dores bem arrumadas no centro
e à volta o cansaço, em calibre pequeno.
No cimo, ervas de respostas,
em jeito de resguardo,
evitando que o pulso dispare ourtra vez.
Disponho camadas de ócio;
ferro das manhãs quezilentas
Um papel vegetal de prudência.
E na asa tantos destemperos 
que a mão mal consegue unir-se,
tão febril e trêmula , Cheia de pavor
d'estilhaçar a vida."

maria f.roldão 

simplesmentelis,outroblog

14 comentários:

  1. Gostei da foto e o poema bem profundo e lindo sobre esta particular fragilidade do ser.
    Bjs e feliz semana Lis.

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  2. Subtis mas em sabedoria estas palavras numa foto Lis ´,~`))))
    Boa e bela terça feira e também bom dia em harmonia, beijinhos.

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  3. Olá, querida amiga Lis!
    Fragilidade típica de quem é forte e vive num mundo de insensíveis...
    Tenha duas abençoados!
    Beijinhos fraternos

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  4. Querida Lis, precioso poema y muy bien acompañado de esa bella imagen.
    Abrazos y te dejo un besito, que tengas un feliz día

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  5. Sim, estamos, e como!!
    Poema profundo que dá tristeza em ler,
    só verdades, e sem muito futuro pela frente!
    Mundinho difícil de arrumar, como arrumá-lo se
    só vemos injustiças, ódios, e a certeza de que uma
    vida vale muito pouco!?
    Excelente poema, querida Lis.
    Uma boa semana,
    beijinho.

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  6. Realmente é um poema diferente que exige bastante reflexão...
    Gosto da foto sem cores... os navios surgem no horizonte...
    Dias frescos, leves , românticos e poéticos...
    Abraços, estimada Amiga
    ====

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  7. As dores também são conquistas?
    Causou-me uma certa estranheza.
    Abraço de amizade.
    Juvenal Nunes

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    Respostas
    1. As conquistas podem ser obtidas também através
      de sacrifício ou violência, talvez os tais obstáculos contidos no cesto.
      Abraço ,Juvenal .

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  8. Na subtileza do poema há uma indisfarçável insegurança,
    o pavor de estilhaçar a vida. Certamente que no cesto das conquistas
    estará guardado o júbilo e o silêncio dos momentos felizes...

    Um beijo, Lis.

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  9. Vivemos um tempo conturbado, onde é cada vez mais difícil manter a vida devidamente «temperada». Há que levá-la com calma e desvalorizar os destemperos.
    Muito belo o poema da alentejana Maria F. Roldão. Incrível a imagem a preto e branco.
    Amiga Lis, voltando ao filme “Perfume de Mulher”, um filme inebriante, deixo uma fala do magnífico Al Pacino: “Ninguém erra no tango. Não é como a vida”.
    Um beijo. Bom final de semana. Fresco!

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