quinta-feira, 29 de outubro de 2020

no caminho

Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa,
 rouba-nos a lua, 
e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.

E  já não podemos dizer nada.

Maiakovski

outro blog, simplesmentelis

8 comentários:

  1. Boa noite de muita paz, querida amiga Lis!
    Que nunca nos roubem a voz a não ser por nossa vontade de apaziguar certas situações embaraçosas...
    Muito linda a foto e os dizeres.
    Tenha dias abençoados!
    Bjm carinhoso e fraterno

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  2. Flores lindas e o pensamento profundo e sempre apropriado lembrar...beijos, chica

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  3. É sempre bom relembrar algo tão importante, Lis.

    Um abraço :)

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  4. Brecht também o disse
    Não assim, mas ao modo dele

    Julgo oportuno teres lembrado
    É que, quando a memória é curta
    A história repete-se como farsa

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  5. É tão verdadeiro esse texto! E ele combinou muito bem com sua foto, Lis. Bjs.

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  6. É bom não esquecer.
    Abraço, saúde e bom domingo

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  7. Maiakovski, fantástico! Temos que reagir às agressões antes que elas se tornem irremediáveis... Uma boa reflexão.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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