Deixar registrado a imensa saudade
que já está doendo
com a viagem 'sem volta' da doce Ivette , a sogrinha da minha filha.
Em Genebra, na Suiça.
Desejei tanto que o tempo fosse generoso
e me desse mais uns dias com ela , juntas iríamos rir novamente
_ela arranhando um português ruim e eu com o meu francês incompreensível _
Nos entendíamos tanto!
Ela sabia tudo de vinhos ,era só imaginar que estava programando
uma viagem e iniciava a agenda de almoços e jantares.
E ficávamos a conversar sobre aromas e sabores.,
e me ensinava sobre os delicados tintos, sabia que eu apreciava mais.
E recomendava 'vamos estudar mais as línguas oficiais de cada uma '
para facilitar nossa conversação ,sem precisar pedir socorro as netas.
Uma perda irreparável !
e outras mais que vivi recentemente.
É um prantear a cada tarde que vejo morrer
olhos que não verei de novo,
os jeitos lindos de sorrir que desvaneceram.
Para sempre .
A vida ! tão bom seria se fosse eterna!
E fico a pensar agora, como voltar lá e não vê-la mais ?
Ando cansada de perder . Estou com medo.
(não de ir também ,mas de continuar perdendo)
(Precisava falar um pouquinho
sobre a amiga ,nessa última reverência.)
_Obrigada José Carlos Sant Anna por me apresentar o Trompetista Chet Baker , com a canção 'Quase Azul' que lembra céu , asas ,o inalcançável e uma certa melancolia _quase triste.