sexta-feira, 29 de abril de 2022

_ das coisas simples


Vou precisar de um dia simples , qualquer dia 
Para caminhar onde o vento coloriu o chão 
de folhas secas,. Porque ainda seria Outono.
Falar do  óbvio :   do sol, dos  dias cinzentos, 
da chuva ou da  neve caindo em flocos. 
Olho nos olhos. Mãos que se tocam.
Na cafeteria , dois cafés, dois cigarros
E na rua, lado a lado como se não houvesse
 amanhã. Ver a  saída do sol na areia da praia
Cenário calculado, para sussurrar palavras 
ainda não ditas, Ou repeti-las mil vezes.
Silêncio , só na despedida  que aconteceria
 tão logo o dia terminasse.
Não conheço esse lugar , nem com quem 
estaria . Simplesmente queria.

(liscosta)
Inspirado no poema 'hoje é dia de coisa simples'
do poeta Al Berto

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