"O mistério das coisas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio e que sabe a árvore
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as coisas e penso no que os homens pensam delas,
Rio como um regato
que soa fresco numa pedra..."
que soa fresco numa pedra..."
Lindo. Do meu poeta preferido. Alberto Caeiro, o Pessoa que mais me encanta.
ResponderExcluirUm abraço
O que quer e pode o nosso olhar, aí residem os mistérios.
ResponderExcluirE vem daí as inspirações mais mirabolantes e belas.
E quando olhamos para uma lata vem a imagem do contido.
Beleza de partilha do Caieiro.
Abraços Lis e um bom lindo fim de semana com paz no coração.
Bjs de paz.
Lindo! Maravilhoso :)
ResponderExcluirBom fim de semana.
Beijinhos
Duas águas diferentes ! ...
ResponderExcluirE sobre Alberto Caeiro, este nem precisaria de "assinatura"! Ele "é" mesmo assim ! Que sabe ele das coisas, se as coisas são apenas coisas e mais nada ? ... Porque haveremos de ir mais longe se vemos o essencial, ...as coisas ?...
São perguntas às quais não sabemos responder, Lis . Somos pequeninos demais para entender os mistérios da natureza e a complexidade da mente humana e por isso o melhor é viver admirando cada beleza de cada dia sem procurar as respostas. É lindo o regato que corre sobre as pedras, admiremo-lo, então! Um bom fim de semana, querida amiga. Beijinhos
ResponderExcluirEmília
O texto de Alberto Caeiro é muito reflexivo e inspirador.
ResponderExcluirBeijos.
Gostei dessa sensação de frescura com essa água fresca nas pedras !
ResponderExcluircom este calor apetece mesmo !
abraço
bom fim de semana
Angela
Foto linda e poema também, bjs Lis, boa semana
ResponderExcluirUma imagem fantástica, Lis, que casa tão bem com as palavras de Pessoa... que nos apela a olharmos a alma das coisas, e a vê-las de outro jeito...
ResponderExcluirBeijinhos! Boa semana!
Ana
Peço-lhe humildemente desculpa por meter a “colherada”, Ana. É com a melhor das intenções.
ExcluirNeste caso é o inverso. Para Alberto Caeiro não há "sentido oculto" das coisas, porque elas são visíveis Ele ri-se disso mesmo e de quem quer ver o mistério das coisas quando elas são apenas “coisas” ! … Para ele, não há mistério para além do que é visível e se é visível onde está o mistério ?...
Tal como o rio e a árvore não vêem mistérios, também nós não ! O que sabemos disso ?
As pedras são apenas pedras, a água é apenas água ! As coisas, são apenas coisas !
Esta é uma das características deste heterónimo (não dos outros) de Fernando Pessoa, que acha que tudo o que procuramos imaginar para alem do visível não faz qualquer sentido !… As coisas são apenas o que são e nada mais !
Beijinho com todo o carinho
Toda a natureza respira e foi imaginada com alma... por isso, não tem mistérios... simplesmente é... quando se olha a verdadeira essência das coisas... olha-se o que é verdadeiramente primordial...
ExcluirAcho que Pessoa, via e descobria em tudo... o verdadeiro âmago das coisas...
O mistério sempre começa... naquilo que não conseguimos ver... mas que apenas imaginamos... e normalmente isso acontece... quando apenas se vê a superfície de algo... quando se vê para além de... vemos tudo... sem mistérios...
Pelo menos, é esta a minha leitura do fascinante mundo de Pessoa... onde até um simples calendário de parede... pode dar azo a uma profunda reflexão... como o faz, no Livro do Desassossego...
Beijinho, Rui! Acho que com Pessoa... é totalmente impossível chegar a consensos... o seu mundo interior é demasiado denso e profundo... sempre possibilitando chegar a dispares conclusões...
Mistérios...
ResponderExcluir