terça-feira, 12 de outubro de 2021

_ em homenagem de saudade./


Uma  canção.
 Uma sentida homenagem.
  Deixar  registrado  a imensa saudade que já está doendo
 com a viagem 'sem volta' da doce Ivette , a sogrinha da minha filha.
Em Genebra, na Suiça.
 Desejei tanto que o tempo fosse generoso
 e me desse mais uns dias com ela , juntas iríamos rir novamente 
 _ela arranhando um português ruim e eu  com o meu francês  incompreensível _
Nos entendíamos tanto! 
 Ela sabia tudo de vinhos ,era só imaginar que estava programando
 uma viagem e iniciava a agenda de almoços e jantares.
E ficávamos a conversar  sobre aromas e sabores., 
e me ensinava sobre  os delicados tintos,  sabia que eu apreciava mais.
E recomendava 'vamos estudar mais as línguas oficiais de cada uma '
 para facilitar nossa conversação ,sem precisar pedir socorro as netas. 
 Uma perda irreparável !
  e outras mais que vivi recentemente.
  É um prantear a cada tarde que vejo morrer 
 olhos que não verei  de novo,
 os  jeitos lindos de sorrir que desvaneceram.
 Para sempre .
A  vida !  tão bom seria se fosse eterna!
E fico a pensar agora, como voltar  lá e não vê-la mais ?
Ando cansada de perder .  Estou com medo.
(não de ir também ,mas de continuar perdendo)
 
(Precisava falar um pouquinho
 sobre a amiga ,nessa última reverência.)

 _Obrigada José Carlos Sant Anna  por me apresentar o Trompetista Chet Baker , com a canção 'Quase Azul'  que lembra   céu , asas ,o inalcançável e uma certa melancolia _quase triste.
Eu  trouxe lá do seu blog, sem te avisar.

14 comentários:

  1. Excelente poema. Amei. Obrigada pela partilha! :))
    -
    Mãos que acolhem no regaço
    -
    Beijos. Um resto de uma boa tarde!

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  2. Todas as palavras são vãs perante a perda de pessoas a quem se quer muito bem, querida Lis.
    Só por essa razão, deixo um enome e sentido abraço, enquanto escrevo ao som triste deste som.
    Como triste é tudo aquilo que é bruscamente interrompido.
    Quase azul. Quase felicidade. Quase sonho, que a crua realidade desperta.

    Que a amiga descanse em paz.
    Paz também para ti, querida amiga, e resignação.

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  3. Baker é um patrimônio musical da humanidade, Lis!
    É uma pródiga fonte para pálpebras, sonolentas, enternecidas. Nela todos nós beberemos um dia, ou beberemos sempre. Não há contraindicação para seu uso. É tão bom quanto os vinhos recomendados por Ivete. Ela descansa em paz.
    Um beijo, Lis!

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  4. Que triste perda...A vida nos prega peças...Fica bem e sentimentos à família toda! beijos, chica

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  5. «A vida ! tão bom seria se fosse eterna!
    E fico a pensar agora, como voltar lá e não vê-la mais ?»
    Leio, e não me limito a comover.
    Choro!

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  6. Querida Lis, teu texto emociona, é triste, como são tristes todas nossas perdas, fui lendo você e um filme foi passando em minha mente, como se fosse uma de minhas perdas, também.
    Sim, querida, 'a vida seria boa se fosse eterna', que não nos machucasse tanto.
    Deixo aqui meu abraço e minha solidariedade.
    Meu carinho.
    Um beijinho, amiga,

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  7. A vida Lis com todas as suas surpresas e mazelas, depois de Todo sentimento, este trompete no fim de uma tarde, para nos dizer, que ficamos sós, que alguma perda veio para nos deixar assim caídos para um lado como diria Drummond. Sim vamos coletando perdas neste duro tempo. Pessoas se desgarram de nossa revoada e somos levados a sentir esta saudade dolorida. Sei bem desta dor, mas vamos buscar o viver e dar o melhor de nós, amanhã que parece tão distante, está tão perto da gente.
    Deus conforte os familiares e que a vida retome seus rumos.
    Beijo no coração Lis.

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  8. Os meus pêsames. Também tenho perdido vários amigos.
    Um abraço.

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  9. Realmente, a música foi uma terna homenagem!
    Sinto muito querida amiga, por mais essa tão dolorosa perda!
    As coisas nunca ficam iguais e realmente não é fácil aceitar tudo isso.
    Aiii amiga, estamos envelhecendo, sempre tive temores quanto a isso, porque vamos tendo que passar por perdas, em nós e de outros queridos em nossas vidas. Um aprendizado um tanto amargo que teremos que enfrentar, com força, coragem, com dignidade, mas sobretudo, com esperança de que realmente haja um grande propósito em tudo isso e que um dia, quem sabe, haja um reencontro...
    Receba meu abraço, amiga, beijos
    Valéria

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  10. Querida Lis,
    por muito que gostasse de a consolar, por esta sua dolorosa perda, não encontro palavras, neste momento faz falta, os afectos reais, os abraços apertados, as mãos unidas em prece.
    Perder amizades assim tão profundas, que sabemos quase únicas, criam um vazio enorme .
    A música escolhida, consegue de algum modo dizer, o que as palavras não conseguem.

    Um enorme abraço solidário, sinta-o!
    Paz eterna para a sua amiga.

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  11. " Ando cansada de perder" dizes tu, querida Lis, com umas palavras tão sentidas que machucam o coração. Machucam muito as perdas de pessoas queridas e nestes tempos tão atribulados tantas vidas se foram, algumas bem próximas de nós. Qualquer palavra que aqui deixe não vai diminuir a tua dor, mas deixar-te um forte abraço, mesmo que de muito longe, vai, pelo menos fazer-te sentir que tens amigos solidários com o teu sofrimento. Nesse abraço vai o meu desejo de que vás recuperando e que encontres força para transformar a dor em saudade. Com o tempo, recordarás essa grande Amiga com um sorriso, lembrando os bons momentos que viveram juntas. Força, Lis!
    Emilia 🙏 🌻 ♥️

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  12. Tudo o que eu possa dizer, pode não fazer sentido, mas uma coisa eu sei, a dor da perda.
    Imagino o quanto está sofrendo, a sua dor, o não poder estar de novo com uma pessoa que tanto tinham em comum, ou melhor, se completavam.
    Pena que nunca estamos preparadas para perder alguém.
    Receba o meu enorme abraço sentido amiga Lis.

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  13. Lamento profundamente, Lis!
    Nunca se está devidamente preparado para qualquer perda... nem quando temos algum tempo, para interiorizarmos melhor tal realidade iminente, com alguém que nos é querido, quanto mais quando é algo súbito!...
    Identifico-me tanto com as suas palavras, Lis, pois já tive a minha quota parte de perdas... e todos os dias, nesta nova conjuntura, me mentalizo para a perda repentina da minha mãe, se ela apanha este novo vírus, que surgiu bem logo a seguir a tê-la conseguido recuperar de uma crise respiratória das bravas!
    Enfim! O que estes tempos nos relembram, é que devemos aproveitar ao máximo, todos os tempos que pudermos com os nossos, mesmo que à distância, e não deixar nada por dizer...
    Um abraço super apertado, e um grande beijo! A saudade dói... mas infelizmente, é o preço a pagar por gente boa, ter passado pela nossa vida...
    Ana

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