Nessa cidadezinha do interior nascia uma menina
que aos seis anos perdia sua mãe
( uma fatalidade a levou embora,)
Muito pouco contavam sobre ela. As histórias eram tristes, a menina
muito pequena Cresceu e continuou sem entender.
Se perguntava qualquer lembrança da mãe, todos mudavam o rumo da
conversa e nunca tinham lembranças para contar.
As tentativas eram vãs, (motivo de vários atritos com o pai),e ela
já adolescente demorou para perdoá-lo. Aos trancos e barrancos
tentavam viver o amor paternal e filial que havia se quebrado
quando ela entendeu as razões de ocultar ,o que a deixou orfã de mãe.
Só quando já não havia mais tempo, aproximaram-se.
Numa dessas conversas entre pai e filha contava uma historinha
que até hoje emociona_ a mãe queria dar o nome de uma rainha
a filha ,pediu para o pai ir ao Cartório registrar a menina como
Elizabeth.
O pai distraído esqueceu e demorou para saber o nome, engasgou,
titubeou e falou alguma coisa que o escriturário
registrou errado. Chegando em casa com a Certidão na mão, a mãe leu,
não gostou nada. Mandou voltar diversas vezes ao cartório.
Ela insistiu. Não houve jeito.
Ficou triste e exigiu que todos a chamassem de Lisabeth,
para lembrar um pouco o nome original. Com o tempo e
na ausência da mãe os irmãos reduziram para Zete.
Não sei porquê também a menina não gostava do seu nome,
(resquícios da mãe)
Para os mais íntimos e amigos ocasionais sempre foi a Lis.
Três letras que lembra muito mais a dona da sua vida .
A Rainha _ sua Mãe.
( hoje busco viver a parte boa da vida que vai se fazendo do que faço.rs
O passado me deixou com algumas desorganizações emocionais, me
emociono com tudo e intensamente_ sufoco um pouco a quem amo).
Gosto de lembrar do meu pai com gratidão, perdão e saudade.
( junho, 2025 )
simplesmentelis,outroblog
Querida Lis, boa tarde de paz!
ResponderExcluirPassaram-se muitos anos e pude fazer uma regressão, aí sim tive certezas que nunca tive ou melhor, que sempre tive de que não era bem como me diziam. O desamor era latente.
Claro que fiz com profissional capacitado a Regressão.
Rainhas fazem cada uma e Reis também...
Sua história está muito bem contada, gosto muito de quem se mostra humano, sem fingir que é o que não é ou mesmo disfarçam certas situações para parecerem o que não são...
Muito bem faz em escrever, é cura, catarse sugerida pelos psicólogos.
O meu caso foi o contrário, o perdão eu tenho sempre que dar à rainha, ao meu rei é só amor mesmo.
"O passado me deixou com algumas desorganizações emocionais, me
emociono com tudo e intensamente".
Você não sufoca as pessoas, elas que não estão acostumadas com muito amor, preferem dar pouco e receberem muito... são rasas para pessoas profundas, Amiga.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos
Es triste perder a una madre en tanta tierna edad. Su vida ha estado marcada por esa gran pérdida.
ResponderExcluirUn abrazo.
Lis é um nome muito bonito bjs.
ResponderExcluirDivinal texto emotivo,em que remexeste no baú das memórias.
ResponderExcluirBeijinho e óptimo feriado, Lis com paz e saúde. 😘
Uma publicação corajosa. Apreciei.
ResponderExcluirUm abraço.
Terapêutica. Estou certo de que você já sublimou sua história de vida.
ResponderExcluirE hoje ensina a viver. Já reparou a sonoridade do teu nome?
Já reparou como a sua história está bem esculpida?
Espero que você durma bem depois desta sublimação.
Um abraço,
Çomdo te ler e saber de tua história. Bom mesmo é perdoar o pai e vivere sempre do melhor modo, como fazes! beijos praianos, chica
ResponderExcluirLis querida, essa história me emocionou bastante, sim, querida, entendi tudo,
ResponderExcluirvisualizei e senti a história... Se estivéssemos juntas, te abraçaria em silêncio,
não precisaria de palavras, apenas deixar que os sentimentos se juntassem...
Beijinho, querida, és linda por fora e por dentro, coração de ouro. 🌹🙏
Haja harmonia, que recordar é bom, até prós nossos botões, bem cá dentro ´,~`)))))
ResponderExcluirBom e belo fim de Semana Lis, e tudo de bom.
Imagino que não terá sido fácil 🙏... Bj
ResponderExcluirGostei muito do que escreveste Lis...
ResponderExcluirAcho que fiquei a conhecer-te muito melhor!...
Um forte abraço querida amiga.
Que relato lindo e comovente! É incrível como você transforma memórias em uma narrativa cheia de afeto e significado.
ResponderExcluirUma emocionante historia Lis. Meu nome também foi trocado entre São Geraldo e Santo Antonio, porque todos os dois tinha uma criança no colo, hoje eu seria Geraldinho, mas ficquei Toninho e todo mundo tem um Toninho na familiaa, vivi feliz e sou feliz assim.
ResponderExcluirO perdão nos dá leveza para percorrer outros tantos tombos pela vida.
Bjs e paz neste coração.
Olha só que história! E vou te dizer, acontecia muito. Minha esposa, por exemplo, o pai queria dar o nome da famosa cantora Ademilde Fonseca. Na hora, o pai também engasgou e registrou como "Adeildes". Bom, tu bem, nem ficou tão diferente e ela não tem problema com o nome, apesar de muita gente enrolar o nome dela.
ResponderExcluirTua história tem um lado triste mas vejo muito afeto também. E saudade. Quem não a tem?
A tua história chega fundo..
ResponderExcluirConfusões desse tipo existem muitas.
Só soube que minha tia Adília era afinal Adélia quando morreu. Tive uma professora de Francês assinando Auzenda em vez de Ausenda porque a funcionária escreveu o nome com erro.
Querida Liz. abraço carinhoso, bom fim de semana.
Querida Lis
ResponderExcluirLi com muita emoção o seu texto, amiga. Muitas vezes guardarmos no coração certos acontecimentos que só nos fazem mal. Ainda bem que já ultrapassou esse engano/esquecimento do seu pai.
Beijinhos
Olinda
Boa tarde Lis
ResponderExcluirFiquei emocionada com o texto, que diz tanto em poucas palavras.
Desejo uma semana boa e com saúde.
Um beijo
:)