SILENCIO

"O silêncio das coisas me comove;
Sinto-o, principalmente quando chove.

Que sonolência enerva as almas... Que apatia...
Que saudade da vida e da alegria

Olho através dos vidros da janela:
A paisagem desfaz-se em folhas amarelas

É tudo calma. Em torno à minha casa
Não se escuta sequer um ruflo de asa.

Somente a água que vem da montanha, sonora,
Canta tão triste que não canta, chora

Ave, sombra! Eu venero a tua imagem
E amo o silêncio verde da paisagem!..."



Olegário Marianno


imagem, Lis